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Planejamento estratégico e marketing, essenciais para tornar os negócios prósperos

O mercado jurídico, pouco afeito às tecnologias e ferramentas de gestão e marketing, seja pelo conservadorismo que marca o setor ou em decorrência de normas rígidas que controlam a atuação de quem se dedica à área do Direito, está cada vez mais aderindo a estratégias que fazem a diferença para a manutenção, expansão e sucesso de advogados e bancas jurídicas e que nada ferem os princípios legais da profissão. Ao contrário, tornam os negócios mais profissionais e prósperos. Mesmo que a passos mais lentos que outros setores da economia nacional e ainda muito distante da utilização de todo o potencial que oferecem, é cada vez maior o número de escritórios e advogados que atuam por conta própria que utilizam ferramentas de planejamento estratégico e marketing.

Juliana Pacheco, consultora com mais de 15 anos de experiência em gestão legal , afirma que planejamento estratégico e marketing são fundamentais para que escritórios e advogados alcancem os públicos certos, que ela denomina “personas”. “Sem planejamento estratégico não se tem visão do negócio, do mercado e nem de onde se quer chegar. Ele serve para o profissional ou escritório analisar quais são os potenciais que podem ser oferecidos e para qual mercado, ou seja, permite que advogados e escritórios se conheçam e conheçam o mercado, definindo a partir daí quais serviços e propostas de valor os balizarão. Quando se tem essa estratégia, define-se também as personas (público/clientes) que se quer alcançar no mercado. Nesse momento, serão necessárias as estratégias de marketing para atingir essas personas de maneira eficaz”, explica Juliana Pacheco, que também é advogada e pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas e em Finanças Corporativas.

Segundo a consultora, apesar da importância dessas ferramentas para se alcançar estabilidade e sucesso nos negócios, ainda são poucos os profissionais que as utilizam da maneira certa. “Vimos muitas falhas, especialmente em casos de ações de marketing que não estão dentro de um planejamento estratégico, isto é, foram desenvolvidas sem antes se definir quais personas se quer atingir, um desperdício de esforços e recursos”, diz ela. Para Stanley Frasão, sócio do Homero Costa Advogados, ainda não há investimento substancial em marketing no universo dos advogados e sociedades de advogados brasileiros. “Quer seja pela falta de cultura, pelo custo-benefício ou pelas restrições da OAB, que mantém o princípio básico da não mercantilização da advocacia”, ele ressalta.

Para quem deseja estruturar estratégias de marketing a fim de alavancar os negócios, Frazão aconselha cinco passos iniciais importantes e fundamentais: “Estude a legislação da OAB sobre publicidade; procure ajuda profissional; pesquise se o profissional escolhido obteve êxito em seus trabalhos anteriores; avalie, antes de contratar um profissional, se sua equipe está disposta a cumprir as metas que foram traçadas por ele; e nunca viole os regramentos da OAB na suposta ilusão de que terá benefício profissional ou econômico”.